Uma experiência horrível

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Raymundo tem uma nova experiência com as almas do Purgatório. “O Purgatório é um local de completo afastamento de Deus. Todos que estão ali procuram a face de Deus, mas não a encontram; elas necessitam da visão de Deus, mas não a têm”.

11 de março de 2009

Neste dia, fui à gráfica com o Francisco Lembi, a Terezinha Lembi e a Dalila Vacaro para ver o orçamento de algumas publicações que precisávamos fazer, inclusive e principalmente a do livreto O Purgatório.

Chegando lá, não conseguia tirar os olhos da capa desse livreto. Via e distinguia entre as chamas a mão de um anjo, dando apoio a uma alma.

Aquelas chamas começaram a influenciar no meu psiquismo. Fui me sentindo mal, e não conseguia mais ficar no local.

Tentava a todo custo acompanhar o Francisco e o Maxwell na discussão sobre o problema dos custos de impressão, mas não conseguia tirar os olhos das chamas que estavam bem delineadas no livreto.

A sala tinha ar-condicionado, e em dado momento quis sair daquele lugar. Disse que queria ir ao banheiro e saí. Dei de cara com um bafo quente na saleta externa; era a temperatura ambiente, muito quente. Senti muito mal. Fui até o banheiro, e fiquei junto à janela pedindo a Deus que me ajudasse.

Voltei e dei de cara com uma situação contrária; agora era do quente para o frio. A situação piorou. Vocês não sabem como me senti. Percebia almas aflitas me pedindo que as ajudasse, se debatendo em dores e conflitos que eu não entendia. Percebia almas ansiosas para que o livreto fosse feito, como se aquilo fosse a salvação delas, porque as pessoas iriam rezar a oração inspirada por Nossa Senhora.

Nessa hora passaram pela minha mente os meus parentes, amigos, conhecidos que já morreram e poderiam estar naquela situação. Foi horrível. O Purgatório é um local de completo afastamento de Deus. Todos que estão ali procuram a face de Deus, mas não a encontram; elas necessitam da visão de Deus, mas não a têm.

Saindo dali, perdi completamente a visão. Entrei no carro sem ver exatamente o percurso que faziam. Ao chegar à casa da Terezinha, a minha visão fechou-se completamente. Tive vontade de desmaiar, mas aos poucos a visão retornou. Pensava nas almas que estão no Purgatório. Necessitamos fazer algo por elas, precisamos pedir por elas; elas precisam de ajuda, uma ajuda que podemos dar, e Deus permite essa ajuda.

É horrível pensar que por algumas faltas, graves ou não, podemos sentir na alma o afastamento de Deus. E senti com muita certeza que a Bela Senhora não deseja que isso nos aconteça, Ela nos quer livres desse sofrimento, mesmo sendo ele temporário.

“Deus é amor, mas também é justiça”.

 

Referência: LOPES, Raymundo. Uma experiência horrível. In: LEMBI, Francisco (Org.). Raymundo Lopes, Daniel: Uma incógnita dos finais dos tempos. Belo Horizonte: Magnificat, 2010. p. 85-86.

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