Rezem muito para que seja mantida a paz

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Na Praça do Papa, Nossa Senhora mostra a indescritível harmonia celeste a Raymundo Lopes. “Nos primeiros anos deste século mostrei a pequeninos pastores o Inferno, e agora quero que você veja uma ínfima parte do Céu. É para o Céu, na companhia de Jesus e da minha, que desejo levá-los”.

13 de maio de 1996

Nesta semana Nossa Senhora não deu a mensagem de terça-feira, certamente devido à aparição na Praça do Papa, local escolhido pelo grupo missionário para que eu pudesse esperá-la. E como Ela tinha pedido, eu estava à sua espera.

A praça estava repleta de gente. Às 5 horas da tarde Nossa Senhora chegou, como sempre toda vestida de branco e envolta num belíssimo halo de luz. Ela começou assim:

– Obrigada por estar aqui – Ela começou. – Estou me despedindo de você. Este é, pois, o nosso penúltimo encontro. Depois nos encontraremos somente no dia 11 de fevereiro, quando o sol não estiver fazendo sombra sobre vocês.

– Que horário é esse, Senhora?…

– Exatamente no meio do dia 11. Depois que terminar o nosso último encontro, o tempo concedido a mim pelo Pai estará terminado. Ele enviará a vocês a luz do Espírito da Verdade. Ele os ajudará a dar testemunho de tudo isso que estou passando a você. Peço que tenham confiança nas minhas palavras e sigam os meus conselhos. Você, o grupo missionário e todos os seus amigos sofrerão muito. Serão impedidos de levar a todos as minhas mensagens. Algumas pessoas acreditarão que, se lhe tirassem a vida, estariam dando glória a Deus. Mas assim, a pedido de Jesus, dirigi todo esse processo. Confiem em mim; Eu amo todos vocês. Necessito que o grupo missionário se reúna todo o primeiro dia após o dia 10 de cada mês até a minha derradeira vinda, no dia 11 de fevereiro. Peçam ao Espírito Santo como lhe foi ensinado na Igreja de São Bento1, e também digam conforme vou lhe ensinar agora.

Nossa Senhora começou então a erguer os braços para o céu. Seu rosto brilhava como o sol, e Ela rezou assim:

– Pai Criador, forja em nós a perfeição dos pensamentos puros. Cria em nossa matéria cada vez mais o influxo divino, para que, vivendo na Terra, olhemos para o Céu e te vejamos refletido no infinito. Senhor Jesus, preparaste-nos com o teu sacrifício na cruz para enfrentarmos estes tempos confusos e difíceis. Dá-nos agora a força para levarmos adiante a nossa cruz até o calvário do nosso espírito pecador, na obediência, no perdão e na mansidão. Pai da luz e da verdade, vem até nós e nos ilumina. Pai da luz e da justiça, vem até nós e dá-nos o dom do amor fraterno. Pai da luz e do discernimento, vem até nós e fornece-nos o dom de distinguir o caminho que nos levará a ti. Amém.

Depois Ela voltou-se para mim novamente:

– Escute a melodia que Eu lhe trago do Céu.

Comecei então a escutar uma música belíssima. Não eram instrumentos; eram vozes, mas tão ritmadas e uniformes que mais pareciam uma grande orquestra.

– Olhe para o alto – Nossa Senhora indicou –, desejo mostrar-lhe o lugar onde habitam as almas que fazem na Terra a vontade de Deus.

Olhei para onde Nossa Senhora apontava, e pude ver um espaço onde espíritos celestes pairavam no ar, translúcidos como cristais iluminados pelo sol. Havia ali um clima indescritível de amor e de paz. Não distinguia exatamente as cores, mas tudo era matizado em tons que não existem na Terra. Um tênue fio dourado corria todo o espaço, e por onde passava ia impregnando de luz todos os espíritos. Esses espíritos não tinham asas, mas pareciam anjos. Uns desciam, outros subiam, numa interminável fila desde onde Nossa Senhora estava até o infinito.

– Por que a Senhora está me mostrando isso? – perguntei maravilhado, com muita dificuldade para expressar-me.

– Porque nos primeiros anos deste século mostrei a pequeninos pastores o Inferno, e agora quero que você veja uma ínfima parte do Céu. É para o Céu, na companhia de Jesus e na minha, que desejo levá-los. Façam boas obras, vivam o Evangelho, reforcem as suas vidas na Eucaristia, cultivem a paz, e se seguirem os meus conselhos, o seu país será um oásis de paz neste milênio que se inicia. Vocês serão poupados de muitos sofrimentos. O Brasil está sob a minha proteção, mas necessito que rezem muito para manterem a paz. A oração é como o banho da alma; rezem para que a tenham limpa, porque aqui somente existe lugar para a pureza do espírito. Um espírito pesado pela sujeira do pecado não se erguerá nunca ao Céu; ficará preso às profundezas da Terra. Aproveitem o tempo que Deus lhes concede e espiritualizem-se para serem dignos do Céu. Caso contrário, pesados como bolas de chumbo, ficarão presos nas redes de Satanás, o príncipe deste mundo. Vocês, leigos, defendam a Igreja.

Nossa Senhora deu-me ainda algumas instruções:

– Darei mensagens semanais a você somente até a terça-feira que antecede o nosso último encontro marcado. No dia 11 de fevereiro Eu o instruirei sobre o que fazer com tudo o que lhe passei durante estes anos. Jesus determinou que estará comigo nesse dia, quando me farei presente com toda a glória que recebi do Pai. Os missionários devem trazer para a praça a maior quantidade de água possível; o meu Filho a abençoará, e realizará prodígios com ela. Depois disso, se você cumprir na Terra a vontade dele, nos encontraremos no Céu, conforme já lhe disse. Por desejo de Jesus haverá hoje, nesta praça, muitas curas da alma e do corpo. Isto será feito para a glória de Deus, para que deem testemunho da verdade e do seu amor misericordioso a todos vocês. A pequenina flor2 plantada no mosteiro abençoado com as minhas graças desabrochou no Céu. Aqui, com Jesus, ela adquiriu força para ajudá-los. Desejo que entregue a Ageu o terço de Bartolomeu3. Que ele o receba com dignidade e amor, e possa fazer na Obra Missionária o trabalho de infundir em todos o espírito humilde de Margarida. Diga a todas as pessoas que aqui vieram que Eu as abençoo.

Dizendo isto, Nossa Senhora começou a elevar-se de mansinho. Seguindo para onde o sol se punha, Ela abriu os braços e abençoou todos os presentes. Depois desapareceu ao longe, como uma estrela pequenina.

 

1 Terço da Divina Chama.

2 Irmã Margarida.

3 Este é um dos doze terços marcados com as iniciais dos apóstolos com os quais Nossa Senhora agraciou pessoas de quem esperava uma grande dedicação à Obra Missionária, e às quais chamou de “pequeninos especiais”. O terço de Bartolomeu havia sido da irmã Margarida, que o recebeu no dia 11 de fevereiro de 1995, na Igreja de São Bento, em Belo Horizonte. A irmã Margarida faleceu no dia 1º de maio de 1996.

 

 

Referência: LOPES, Raymundo. Rezem muito para que seja mantida a paz. In: LEMBI, Francisco. Diálogos com o infinito. Belo Horizonte: Magnificat, 2007. p. 84-86.

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