Anjos na Basílica de Lourdes

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Os missionários realizam uma festa na Basílica de Lourdes. Durante a entrada da imagem da Virgem, Raymundo percebe alguns rapazes desconhecidos e vestidos com uma túnica branca, de um branco particular. “Seriam anjos?… Seria uma resposta de Nossa Senhora às perdas de missionários ocorridas no mês?…”

27 dezembro de 1994

Tínhamos programado uma festa na Basílica de Lourdes para o último Terço do ano. Nossa Senhora, na madrugada desse dia, tinha me prometido um sinal da sua presença na basílica.

Eu continuava um pouco deprimido, devido aos últimos acontecimentos envolvendo o afastamento de missionários. Mesmo assim procurava esquecê-los, para não passar às pessoas aquele estado de espírito.

Iniciei o Terço como sempre, às 5 horas da tarde, dizendo que iríamos conversar com Jesus através de Maria. A basílica estava lotada, e contava com a presença de um lindo coral, os Rouxinóis, de Divinópolis.

Os missionários, de branco, estavam preparados para entrar com a imagem em procissão. Não eram muitos, porque alguns haviam se afastado, e outros não puderam participar. Mas quando eu anunciei a sua entrada, percebi, na porta principal da basílica, um número de missionários acima do normal. Eram muitos, todos de branco.

Estranhei o fato, pois eu sabia que eram poucos os que estariam ali. Ao entrarem, notei que alguns deles estavam com as roupas ligeiramente mais escuras, isto é, com um tom de branco diferente. À medida que se aproximavam do altar, verifiquei que havia ali, além dos missionários, uma turma de rapazes, mais ou menos quinze, todos loiros, de olhos azuis. Eu não os conhecia e nem sabia de onde eram. Cerca de oito deles caminhavam um pouco à frente da imagem, e os outros atrás, com o olhar fixo em um ponto determinado. Estavam todos de túnica branca, um branco bem mais alvo do que o dos outros, igual às que os padres usam na celebração da Missa.

Quando a procissão chegou ao altar-mor, os missionários colocaram a imagem na mesinha que estava preparada para recebê-la. Aqueles rapazes formaram duas filas, que partiram das laterais do Sacrário até às extremidades da mesa do altar, pouco à frente. Eles não falaram nada, apenas ficaram ladeando a imagem de Nossa Senhora, com o olhar fixo no Sacrário. Lá permaneceram até o quarto mistério, aproximadamente. Depois, aos poucos, foram desaparecendo, a começar pelos que estavam mais próximos da mesa do altar, e finalizando com os dois que estavam ao lado do Sacrário.

Seriam anjos?… Seria uma resposta de Nossa Senhora às perdas de missionários ocorridas no mês?… Seria a volta dos anjos, lembrando a Medalha Missionária dada no mesmo local, no dia 13 de outubro de 1992? …

 

Referência: LOPES, Raymundo. Anjos na Basílica de Lourdes. In: LEMBI, Francisco (Org.). Diálogos com o Infinito. Belo Horizonte: Magnificat, 2007. p. 135-136.

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