Raymundo deseja saber qual é o papel da Obra Missionária na Igreja, e ouve Nosso Senhor na Capela Magnificat. “No segundo sábado deste mês, esteja aqui, neste local, às 17 horas solar, e espere por minha Mãe. Ela retornará e falará com você. Você não a verá, mas escutará a sua voz. Traga flores”.
04 de dezembro de 2001
Neste dia eu estava muito preocupado com o desenrolar dos fatos envolvendo a aprovação da Obra Missionária, prometida pelo cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo. Isso porque me lembrava bem o que Nossa Senhora me havia prometido em 1992: “Não completarão 10 anos, após a minha vinda até você, sem que Jesus toque o coração de Dom Serafim”.
Ultimamente, tenho recebido notícias negativas a respeito dessa aprovação. Numa das minhas conversas com o padre João Megale, sacerdote que tem sido o mediador entre mim e o cardeal, ficou bem claro que eu deveria expor qual o objetivo da Obra Missionária no Brasil.
Qual será?, eu me perguntava a mim mesmo. Temos tudo e ao mesmo tempo parece que não temos objetivo, a não ser a ação missionária exortada através da Carta aos Missionários1.
À noite, depois que saí da Capela Theotókos, por volta das 22 horas, resolvi entrar na minha capela e rezar. Queria pedir ao Senhor bom Deus uma luz que me orientasse a como agir nesse processo, porque somente a Carta aos Missionários não me deixava claro qual seria o nosso compromisso com a Igreja.
Depois, vi sair pelas frestas da porta do Sacrário uma luz intensa. Apesar das frestas serem quase imperceptíveis, não sei como essa luz vencia a porta de metal do Sacrário e iluminava todo o ambiente externo à sua volta. Ajoelhei-me então, e falei ao Senhor bom Deus:
– Me desculpe, Senhor Jesus, estou com dúvidas no meu coração e não sei como agir. Desculpe, mas me ajude nesta hora tão importante para a Obra Missionária, criada a pedido da sua santa Mãe.
– O que o perturba? – respondeu-me uma voz masculina, doce e tranquila, vinda de dentro do Sacrário.
– Quando o cardeal Dom Serafim vier a aprovar a Obra Missionária, como deveremos agir? O que faremos na Igreja? O que a sua doce e santa Mãe deseja que façamos?
– O que recomenda a minha doce Mãe no primeiro item da Carta?
– Obediência às doutrinas da Igreja e uma estreita união ao papa.
– O que quer mais?
– Desejo saber, em termos materiais, o que podemos oferecer à Igreja a partir dessa aprovação.
– Pergunte então a Ela – replicou a voz vinda do Sacrário.
Eu, perplexo, porque tinha escutado, por três vezes, que Nossa Senhora não retornaria mais a mim, respondi:
– Senhor Jesus, isso é impossível, porque a sua Mãe não retornará mais a mim.
– Você mesmo não ensina que as minhas coisas não são imutáveis?
– Ensino, mas isso é diferente. Sobre o retorno a mim, são palavras da sua Mãe e não minhas.
– Agora são palavras minhas. Pergunte você mesmo a Ela como fazer.
– Como posso fazer isso, Senhor Jesus?
– No segundo sábado deste mês, esteja aqui, neste local, às 17 horas solar, e espere por minha Mãe. Ela retornará e falará com você. Você não a verá, mas escutará a sua voz. Traga flores para minha Mãe.
Dizendo isto, a luz do Sacrário apagou e tudo voltou ao normal.
1 Mensagem ditada por Nossa Senhora no dia 4 de junho de 1993.
Referência: LOPES, Raymundo. Uma luz no Sacrário. In: LEMBI, Francisco (Org.). Diálogos com o Infinito. Belo Horizonte: Magnificat, 2007. p. 100.