Os três arcanjos dão alguns esclarecimentos sobre o período de afastamento de Nossa Senhora e o de governo do Anticristo. “Antes acontecerá a hora dos justos, onde milhares de vocês estarão face a face com Cristo. Os que ficarem na Terra terão que viver a tribulação administrada pelo Anticristo”.
8 de dezembro de 2009
Era uma linda manhã. Eu caminhava pelo jardim pensando em como faria o Terço das 17 horas na Basílica de Lourdes. Estava muito perturbado e um pouco confuso com tudo que vinha me acontecendo desde 1992. Tentava entender muita coisa. O que o Céu queria de mim? Desejava esclarecer o que eu pudesse estar confundindo. Por exemplo: o que Maria Santíssima queria dizer quando falou que estaria afastada por três anos e meio? Qual seria essa época? Sei por experiência que as mensagens do Céu não explicam de imediato o que dizem. Basta ver o Apocalipse para entender que muitas coisas ficam às escuras, deixando para quem as escuta, para quem as lê interpretá-las e colocá-las em prática. Se eu aceito Jesus como Salvador, devo com isso ter direito a alguma coisa no Reino de Deus. Mas e os outros que não aceitam, como ficam? Haverá um período de caos na Terra? Os que acreditam em Cristo serão recompensados? O Anticristo configura-se como um líder político mundial? Teremos um líder religioso ecumênico? Essa é a grande tribulação? Esses sete anos (os três anos e meio de afastamento de Maria, mais igual período do Anticristo no governo da Igreja) se completariam com o retorno de Jesus?
Foi quando bateu a campainha do portão e fui atender. Eram três homens, cada um com um livro nas mãos, nas cores azul, vermelha e amarela. Percebi na hora que se tratava de alguma coisa vinda de Deus. Esses homens me olhavam muito fixamente.
O primeiro, com o livro azul, aproximou-se de mim e disse:
– Abra este livro e leia o que vou lhe mostrar.
Abri o livro, e caiu na Primeira Epístola aos Tessalonicenses. Ele colocou o dedo no capítulo 4, e me pediu que lesse os versículos 13 a 18.
Eu os convidei a entrarem e se assentarem no banco comigo. Ficamos apertados, mas deu para dois deles assentarem, ficando o homem do livro azul de pé na minha frente. Li o que ele pediu:
“Os mortos e os vivos na vinda do Senhor – Irmãos, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também os que morreram em Jesus, Deus há de levá-los em sua companhia. Pois isto vos declaramos, segundo a palavra do senhor: que os vivos, os que ainda estivermos lá para a Vinda do Senhor, não passaremos à frente dos que morreram. Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do Céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; em seguida nós, os vivos que estivermos lá, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor, nos ares. E assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.
– Isso não lhe diz nada? – o homem me perguntou.
– Não, não entendi nada – respondi.
O segundo, com o livro amarelo, levantou-se dando o lugar ao de azul e pediu-me para abrir o livro. Abri-o, e caiu em Coríntios 15 (Primeira Epístola). Com o dedo ele me mostrou os versículos 51 e 52, pedindo-me que os lesse.
“O modo da ressurreição – Eis que vos dou a conhecer um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados. Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final, pois a trombeta tocará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.
– Isso não lhe diz nada? – ele perguntou.
– Não, não entendi nada.
Foi a vez do terceiro, com o livro vermelho. Ele levantou-se e pediu para que eu abrisse o livro. Abri-o, e caiu em Mateus 24. Ele então pediu-me para ler os versículos 40 e 41.
“Vigiar para não ser surpreendido – E estarão dois no campo: um será tomado e o outro deixado. Estarão duas moendo no moinho: uma será tomada e a outra deixada”.
– Isso não lhe diz nada? – o homem perguntou.
– Não, não entendi nada.
– Você sabe o que quer dizer Parusia?
– Sei, refere-se à segunda vinda de Jesus.
– Não, desejo que saiba o que quer dizer a palavra “Parusia”.
– Isso eu não sei.
– Quer dizer presença. E essa presença do Cristo será o momento dos justos, porque serão salvos e gozarão a vida eterna. O restante, sem a presença de Deus, será condenado. Um será levado, outro será deixado.
– Continuo não entendendo. O que vocês querem dizer com isso?
– Queremos dizer que muitos de vocês serão levados à presença de Jesus, fruto do merecimento de vocês e do amor de Deus.
– Quando será isso?
– Quando Deus assim o prover, mas intimamente ligado ao segundo retorno do Cristo entre vocês.
– Estaremos mortos?
– Não, essa recompensa se dará como prêmio entre vocês ainda nos corpos terrenos.
– O que quer dizer os sete anos que estão na Bíblia?
– Divida-os em dois, terá três anos e meio. O primeiro refere-se ao afastamento da Mãe de Jesus. A segunda parte refere-se ao tempo do Anticristo, mas antes acontecerá a hora dos justos, onde milhares de vocês estarão face a face com Cristo. Os que ficarem na Terra terão que viver a tribulação administrada pelo Anticristo.
– Por favor, estou confuso; não estou entendendo nada. Dá para ser mais claro?
– Não. Estamos sendo claros; procure ler, entender as palavras dos evangelistas, dos profetas, lá está a resposta. Estude, Deus lhe dará o entendimento. Temos que ir.
– Esperem; fiquem mais um pouco para me explicarem isso tudo!…
– Já explicamos o que nos foi ordenado.
Dizendo isto, eles se encaminharam para o portão e sumiram.
Referência: LOPES, Raymundo. Uma linda manhã. In: LEMBI, Francisco (Org.). Raymundo Lopes, Daniel: Uma incógnita dos Finais dos Tempos. Belo Horizonte: Magnificat, 2010. p. 155-157.