Religión en Libertad, 11 de dezembro de 2017.
[https://religionenlibertad.com/serge-abadgallardo-maestro-grado-habla-tipos–61076.htm].
Tradução. Bruno Braga.
Serge Abad-Gallardo conhece todos os segredos da Maçonaria, pois durante um quarto de século foi membro de uma das obediências mais importantes da França, a “Direito Humano”. Chegou a ser mestre grau 14, o que o torna uma testemunha privilegiada. Porém, após uma forte conversão, deixou a Maçonaria ao ver que era totalmente incompatível com a fé católica. Ele mostra agora por que não se pode ser católico e maçom.
Em uma entrevista realizada por Álex Rosal, para a La Contra TV [1], Abad-Gallardo oferece detalhes importantes sobre a Maçonaria a partir de sua experiência direta como membro dela.
Por que não se deu conta antes?
Uma das perguntas que este francês, nascido no Marrocos e de origem espanhola, mais se fez foi: por que passou tanto tempo na Maçonaria sem se dar conta do que realmente era? “O Senhor deixou que eu me perdesse por este caminho”, assegura, para agora poder rebater e contestar os maçons. Esta experiência vivida “me permite falar da Maçonaria, não como um catedrático, mas sim como uma testemunha que diz a verdade”, e “quero dizer a verdade sobre o que é”.
A falta de fé.
Serge afirma nesta entrevista que a sua falta de fé não o deixava ver. “A Maçonaria correspondia à minha busca. Buscava algo para compreender a vida, e tratava de encontrá-lo lá. A Maçonaria fala de sabedoria, mas da sabedoria da árvore do Paraíso, luciferina, a de ser como Deus”.
Três tipos de maçons.
De acordo com a sua própria experiência, existem três tipos de maçons, discriminados segundo o seu número. Para ele, de 15 a 20% dos maçons estão interessados somente no poder profissional e político, pois “funciona bem”.
Entre 30 e 40% são “revolucionários”, sentem saudades da Revolução Francesa e querem ser herdeiros de Robespierre. O restante, no qual se inclui o próprio Abad-Gallardo, “são pessoas que buscam, mas que são enganadas pela Maçonaria”.
Servindo aos interesses do demônio.
Os três grupos, de acordo com este ex-maçom, coincidem no fato de que “servem a Lúcifer sem saber”. O primeiro busca o poder, o segundo a revolução permanente e a eliminação do direito divino, e o terceiro serve a Lúcifer porque pratica rituais que são quase todos luciferinos”.
Incompatibilidade com o catolicismo.
O autor de Por que deixei de ser maçom [2] assegura de forma categórica que “não é possível ser cristão e maçom”. Afirma que muitas vezes os maçons acusam a Igreja Católica de ser “intolerante”, mas recorda que ortodoxos, anglicanos e muçulmanos impedem seus membros de serem maçons. “A Maçonaria é uma religião, e tem o direito de ser, mas não é possível ser de duas religiões diferentes e sobretudo antagônicas”.
Falar de Cristo dentro das lojas.
Uma das primeiras coisas que fez após a sua conversão ao Catolicismo foi falar sobre Cristo para os seus companheiros maçons. “Eles me olhavam de uma forma muito estranha, e não de maneira benevolente. Diziam para eu parar de falar sobre Deus”, assegura. Mas havia outras reações diante da sua atitude. Havia os que me davam por perdido e outros que diretamente “me tratavam como se fosse um tonto”.
Perseguido pela Maçonaria.
Descobrir os segredos da Maçonaria não lhe saiu barato. Depois de deixar as lojas, após a sua conversão, Serge Abad reconhece que “eles não gostam que um maçom revele segredos”. Era um arquiteto bem sucedido e agora está desempregado.
“Perdi todos os meus apoios e agora tenho muitos inimigos na Maçonaria. Mas, não me importo, porque encontrei um amigo em Cristo e uma amiga na Virgem. Perdi tudo no plano material e profissional, mas encontrei uma espiritualidade que não se pode encontrar na Maçonaria”, acrescenta.
Os maçons na política.
Na entrevista para a La Contra TV [3], ele explica como, na França, os maçons permanecem há três séculos no poder sendo uma minoria que impõe suas ideias ao restante das pessoas. E coloca o exemplo da “Fraternidade Parlamentar”, formada por maçons de todas as obediências.
As figuras são muito chamativas, pois tentam exercer influência sobre as leis. Para isso, entre 20 e 25% dos parlamentares franceses são maçons, quer sejam de direita ou de esquerda. No total, na França, há entre 150.000 e 170.000 maçons, 0,3% dos franceses adultos. “Uma minoria ínfima de pessoas quer impor suas ideias maçônicas à maioria”, denuncia Serge Abad-Gallardo.
NOTAS.
[1]. Cf. [https://www.lacontra.tv/].
[2]. Cf. [https://www.ociohispano.es/libro/por-que-deje-de-ser-mason_1293/].
[3]. Cf. [https://www.lacontra.tv/].