Questionamentos sobre a Medalha Missionária

Medalha Missionária
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A Virgem Maria responde a perguntas feitas por Raymundo Lopes sobre a Medalha Missionária em 7 de outubro de 1994, 22 de novembro de 1994 e 11 de fevereiro de 1995.

1) 07 de outubro de 1994

– Senhora, se a Medalha é seu presente e sua proteção, por que deixou que eu a desenhasse de modo que sofresse críticas?

– Tudo isto que os anjos lhe passaram foi ratificado por mim, e deve ser entendido desta forma. A grande serpente não pode ser ignorada, razão pela qual o inspirei para que a colocasse em evidência. O mal não está morto, mas dominado pela minha graça e pelo poder de Deus, e o Espírito Santo o ilumina sobre tudo o que viu. O lírio da pureza nasce deste meu domínio, emoldurado pelas doze estrelas que representam os apóstolos da Igreja de Cristo, renovada pelo Espírito Santo. Vocês precisam entender que a maior arma do maligno é fazer a humanidade ignorar a sua força e a sua presença. Se Eu a inspirasse pequena e insignificante, estaria acentuando este entendimento. Nesta época caracterizada por um massacrante progresso tecnológico, o princípio da camuflagem do que é mal se vê marcado como se fosse bem. Esta Medalha é o meu alerta. Usando-a, estarão atentos ao perigo da grande serpente negra.

2) 22 de novembro de 1994

– Senhora, sacerdotes e teólogos insistem que a sua Medalha tem erros de doutrina. Que fazer?

Ela respondeu pausadamente:

– O que você viu na basílica?

– Vi uma enorme serpente e fiquei com muito medo.

– Que mais? – Ela perguntou.

– A Senhora sabe: seu “M”, o lírio, as estrelas, seu Coração e o que estava escrito.

– A serpente estava morta?

– Não, Senhora, estava bem viva e raivosa.

– De que mais você se lembra?

– Lembro que seu “M” brilhava muito, e do lírio saía uma luz intensa e as estrelas. Foi tudo muito bonito.

– Você sentiu que a serpente podia sobrepujar e dominar tudo o que viu?

– Não. Senti que a Senhora sabia o que estava fazendo e ganharia a batalha.

– Mas você não me viu naquele dia. Como deduziu que o que estava vendo era uma simbologia minha?

– Por causa do “M”, do lírio, das estrelas, e porque os anjos disseram – respondi.

– Você gostaria de mostrar às pessoas uma serpente aniquilada e morta?

– Gostaria, mas não seria verdade.

– Pois aí está toda a causa do seu questionamento. O Mal não está morto, e você quer representá-lo inerte e sem vida, para agradar às pessoas.

– É, mas eles disseram também que o seu lírio, por estar cortado, está morto – repliquei.

– Você percebeu nele algum indício de falta de vida?

– Francamente, não. Senti que ele estava muito vivo e irradiava luz.

– Eu represento o lírio cortado da terra e levado a Deus. A flor que não for cortada ficará fixa à raiz e morrerá onde estiver. O próprio Jesus, sublime flor da pureza, quis também ser levantado da terra para nos dar a vida eterna – Ela explicou.

– Bem, e o seu Coração? Eles querem que eu o desenhe com uma coroa de rosas ou uma espada traspassando-o, alegando que isto é uma linguagem da Igreja. Como faço? A Senhora permite que eu o represente desta forma?

– O que você viu? – indagou Nossa Senhora.

– Eu vi o seu Coração como uma fornalha ardente, irradiando uma força enorme e pulsando; ele brilhava como um cristal.

– Ele tinha por acaso rosas ou espada? Você teve dificuldade em reconhecê-lo como uma força voltada para o bem?

– Não, Senhora.

– Querem transformar o meu Coração numa linguagem inócua e sem sentido. Eu lhe mostrei o meu Coração.

– Mas eu acho que mesmo a Senhora me mostrou uma linguagem figurada, porque o seu Coração verdadeiro não é possível de ser mostrado.

– Você vacilou em reconhecer essa linguagem figurada como uma linguagem do meu Coração?

– Não, absolutamente.

– Por quê?

– Por causa da frase embaixo e por nossos contatos anteriores, já percebi que a Senhora expressa uma fortaleza enorme vinda de Deus.

– Por quê?

– Porque tudo o que me passa é voltado para Deus, e eu não consigo pensar de outra forma.

– Você, com estas palavras, respondeu todas as questões doutrinais levantadas pelos teólogos a respeito do que lhe foi passado por mim – afirmou Nossa Senhora.

– Não entendi – repliquei.

– Não se deve esconder a verdade, seja ela qual for. A verdade não pode nunca ser explicada através de uma mentira, mesmo piedosa. As pessoas têm direito à verdade, por isto a procuram.

3) 11 de fevereiro 1995

– Nossa Senhora, posso lhe fazer uma pergunta sobre a Medalha Missionária?

– Qual pergunta?

– Se por acaso a Igreja contestá-la oficialmente e proibi-la, estarei agindo contra a Igreja se a continuar divulgando. Se eu obedecer aos padres, estarei em falta com a Senhora, e se obedecer à Senhora, estarei em falta com a Igreja. Estou preocupado e não sei como agir.

Ela então mudou de semblante, adquirindo um ar atento, e com o olhar bem fixo em mim, chegando a me embaralhar a vista, disse:

– Vou lhe contar uma história. Existia um vale onde corria um rio. Esse rio fertilizava todo o vale com uma água límpida e saudável. O vale dependia do rio para sobreviver. Um dia chegou a esse vale um homem, começou a plantar, e muitas pessoas, maravilhadas de como tudo crescia bem, começaram a se aproximar desse homem. E em pouco tempo todos dependiam do vale, do rio e do homem. Tempos depois, preocupados em como o homem fazia maravilhas com a água que provinha do rio, o prenderam e o mataram, e tomaram conta do vale. Resolveram que somente eles poderiam tomar conhecimento do rio, e então represaram suas águas. O vale começou a secar e todos, confusos, procuravam suas águas e lamentavam porque aquele homem, que lhes mostrou o vale, não existia mais. Mas o rio represado, todos sabem, se romperá um dia, porque é impossível conter um rio. Eu lhe pergunto: é possível conter um rio?

– Acho que não, pelo menos por meios humanos, não.

– Então dê curso ao rio – Ela replicou.

 

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