Padre Frank Unterhalt: O que sabemos do Terceiro Segredo de Fátima parece estar sendo revelado na Igreja hoje.

Pastorinhos de Fátima

O padre Frank Unterhalt, um sacerdote diocesano alemão e porta-voz de um grupo de padres fiéis chamado Communio veritatis, escreveu um artigo sobre a atual crise na Igreja Católica, associando-a à mensagem de Nossa Senhora de Fátima. “No Terceiro Segredo está previsto, entre outras coisas, que a grande apostasia começará pelo topo”.

 

Mike Hickson.

LifeSiteNews, 15 de agosto de 2020.

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Tradução. Bruno Braga.

 

O padre Frank Unterhalt, um sacerdote diocesano alemão e porta-voz de um grupo de padres fiéis chamado Communio veritatis [1], escreveu um artigo sobre a atual crise na Igreja Católica, associando-a à mensagem de Nossa Senhora de Fátima. Ele cita o Cardeal Ciappi, teólogo da Casa Pontifícia de 1955 a 1989, que declarou em 1995: “No Terceiro Segredo está previsto, entre outras coisas, que a grande apostasia começará pelo topo”.

Em sua declaração (veja o texto completo abaixo), o padre Unterhalt, da Arquidiocese de Paderborn, sintetiza aspectos diferentes que nos ajudam a ver que a Igreja foi infiltrada por forças anticatólicas há bastante tempo. Aqui, ele cita a ex-comunista Bella Dodd, que admitiu ter ajudado a infiltrar a Igreja nos Estados Unidos com cerca de padres comunistas, e também se refere à instrução maçônica Alta Vendita, destinada a obter “um Papa de acordo com as nossas necessidades”.

O padre Unterhalt também menciona George Weigel que, após estudar os arquivos comunistas, descreveu em 2011 “como os governos comunistas e serviços secretos infiltraram o Vaticano e usaram as relações diplomáticas com a Santa Sé para promover os seus interesses – como se poderia esperar – e fortalecer os seus esforços para penetrar os altos postos da liderança da Igreja Católica, especialmente o próprio Vaticano – uma estratégia que vários altos dignitários aparentemente não enxergam”.

O sacerdote alemão também nos recorda o padre Maximiliano Kolbe, que em 1917 testemunhou a presença dos maçons em Roma segurando uma bandeira com os dizeres: “Satanás reinará no Vaticano, e o Papa será seu escravo”.

O Papa Bento XVI anunciou em 2010 que o Terceiro Segredo de Fátima é sobre o fato de que “a maior perseguição contra a Igreja não vem dos seus inimigos externos, mas surge do pecado dentro da Igreja”.

Aqui também podemos recordar que, como Cardeal Joseph Ratzinger, ele disse que a Maçonaria era o maior perigo para a Igreja [2].

O padre Unterhalt não menciona o debate existente sobre se Roma publicou completamente todas as palavras da Irmã Lúcia relatando o Terceiro Segredo [3], uma discussão que permanece viva desde a publicação oficial do Terceiro Segredo, em junho de 2000, em Roma [4]. Em todo caso, as palavras do Cardeal Ciappi sobre a apostasia no topo da Igreja citadas pelo padre Unterhalt não estão contidas no Terceiro Segredo oficialmente publicado. Espera-se que pesquisas futuras lancem mais luz sobre a matéria.

Por exemplo, o Cardeal Silvio Oddi, que foi secretário do Arcebispo Angelo Giuseppe Roncalli – depois Papa João XXIII – durante o tempo em que ele serviu como núncio apostólico em Paris, afirmou em 1990 em uma entrevista sobre o Terceiro Segredo: “Eu não ficaria surpreso se o Terceiro Segredo aludisse a tempos sombrios para a Igreja: graves confusões e apostasias perturbadoras dentro do próprio Catolicismo” […] “Se considerarmos a grave crise que temos vivido desde o Concílio Vaticano II, não parece faltar sinais de que essa profecia foi cumprida”.

O padre Unterhalt também nos recorda que o livro do Apocalipse e o Catecismo da Igreja Católica nos falam de uma perda da Fé no fim dos tempos e das provações finais da Igreja. Aqui ele cita o Catecismo: “Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o ‘mistério da iniquidade’ sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade” [CIC 675].

Nos últimos anos, o padre Unterhalt tem feito declarações fortes sobre a preservação da Fé Católica. Ele e o seu grupo sacerdotal Communio veritatis se opuseram, por exemplo, à ideia da intercomunhão com protestantes [4]; ele reprovou publicamente o presidente da Conferência Episcopal Alemã, o Cardeal Reinhard Marx, por adaptar a Igreja Católica ao “espírito do tempo” [zeitgeist] [5]; e condenou a prática de receber a Sagrada Comunhão na mão e em pé [6]. Unterhalt também rejeitou a nova regra do Papa Francisco de dar a Sagrada Comunhão a adúlteros. Finalmente, ele nos encorajou a permanecermos próximos de Nossa Senhora, dizendo que “Muitos fiéis estão se perguntando hoje como podem resistir à tempestade do grande teste e permanecer na verdadeira Fé. Eu gostaria de responder com as famosas palavras da Santíssima Virgem Maria em Fátima: “O Meu Imaculado Coração será o seu refúgio e o caminho que conduz a Deus!” [7].

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O artigo completo do padre Unterhalt.

A Igreja vive o Terceiro Segredo de Fátima.

É tempo de compreender o significado total do profético anúncio feito pelo Cardeal Wojtyla, no Congresso Eucarístico da Filadélfia, em 1976: “Estamos agora diante do maior confronto histórico que a humanidade já viveu. Não penso que a sociedade americana nem a comunidade cristã como um todo percebam isso completamente. Estamos agora diante do confronto final entre a Igreja e a anti-igreja, entre o Evangelho e o anti-evangelho, entre Cristo e o anticristo. O confronto está dentro dos planos da Divina Providência. Portanto, está no Plano de Deus, e deve ser uma provação que a Igreja deve enfrentar, enfrentar com coragem” […]

É importante perceber a dimensão completa desse apelo dramático! Acima de tudo, é preciso considerar o que uma anti-igreja precisa à sua frente. Neste sentido, o Bispo Fulton J. Sheen afirmou: “Haverá um corpo místico do anticristo que será semelhante em todas as suas partes externas ao Corpo Místico de Cristo” [2].

Durante sua visita à Alemanha, em 1980, o Papa João Paulo II, quando perguntado em Fulda como estavam indo as coisas com a Igreja em relação ao Terceiro Segredo de Fátima, ele respondeu com as seguintes palavras: “Devemos nos preparar para grandes provações em um futuro próximo. Sim, elas podem inclusive exigir a doação de nossas vidas, e total dedicação a Cristo e por Cristo! Elas podem ser atenuadas pela sua e nossas orações, mas não podem ser evitadas. Somente assim a verdadeira renovação da Igreja pode chegar. A renovação da Igreja com frequência nasceu do sangue. Não será diferente dessa vez. Sejamos fortes e vamos nos preparar e confiar em Cristo e em Sua Santíssima Mãe. Vamos rezar muito e com frequência o Rosário!” [3]

Pouco depois, isso se tornou real para o Papa. No dia 13 de maio de 1981, aniversário da primeira aparição da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, em Fátima, 1917, aconteceu a tentativa de assassinato em Roma. Aqui, toda provação sobre a qual ele falou tornou-se visível em uma cena dramática. O ataque direto contra o Santo Padre não foi dirigido somente a ele, mas a todo o Corpo Místico de Cristo na Terra. De acordo com os ensinamentos de Santo Agostinho, o Papa é a figura ecclesiae, e representa a Igreja como um todo [4]. Nesse contexto, ela deve ser compreendida por estar no meio de uma batalha apocalíptica em que tudo está em jogo. Isso fica mais claro, quando consideramos as circunstâncias exatas da tentativa de assassinato: os cinco tiros foram dados às 17h17.

Por um lado, isso aponta inquestionavelmente para o ano de fundação da Maçonaria, 1717. São Maximiliano Maria Kolbe testemunhou em Roma sua marcha na Praça de São Pedro, em 1917. O Apóstolo da Imaculada leu o plano professado pelos maçons em uma bandeira relevante: “Satanás reinará no Vaticano, e o Papa será seu escravo” [5].

Por sua vez, no mesmo ano de 1917, aconteceu a Revolução de Outubro na Rússia com a manifestação do comunismo ateísta e a batalha decisiva consequente.

Nestes contextos, o ataque contra o chefe da Igreja Católica mostra a tentativa hostil de vencê-lo completamente. O objetivo do ataque em Roma foi obviamente remover o fundamento dado por Deus à Igreja com o propósito de substituí-lo por outra “liderança”.

Claro, o plano não terminou com a tentativa de assassinato, que do ponto de vista do inimigo falhou. Pelo contrário. Nesse contexto, é esclarecedora a carta da Irmã Lúcia para o Santo Padre, em 12 de maio de 1982 (!), na qual ela se refere à terceira parte do Segredo: “Já que não atendemos este apelo da Mensagem, vemos que foi cumprido, a Rússia invadiu o mundo com os seus erros. E se ainda não vimos todo o cumprimento da parte final dessa profecia, estamos indo pouco a pouco em direção a ele a passos largos” [6].

O teólogo e escritor, o professor Dr. George Weigel, analisou os arquivos da luta comunista contra Karol Wojtyla e Papa João Paulo II, e descreveu a pertinente iniciativa: “Esse material ilustra como os governos comunistas e serviços secretos infiltraram o Vaticano e usaram as relações diplomáticas com a Santa Sé para promover os seus interesses – como se poderia esperar – e fortalecer os seus esforços para penetrar os altos postos da liderança da Igreja Católica, especialmente o próprio Vaticano – uma estratégia que vários altos dignitários aparentemente não enxergam” [7].

A confissão chocante da bem conhecida Dra. Bella Dodd, membro da alta hierarquia do Partido Comunista dos Estados Unidos, abrem os nossos olhos de uma forma especial para o pano de fundo histórico. Após sua conversão à fé católica, a ex-militante prestou um depoimento juramentado sobre a infiltração deliberada na Igreja. De acordo com o seu testemunho, naquele tempo ela seguia as ordens de Stálin, que foram dadas a todas as organizações do Partido Comunista para terem agentes sem fé e moral infiltrados em seminários e ordens religiosas católicas [8].

Esse plano de Moscou foi implementado de forma extremamente eficaz – até no Vaticano. Nos anos 1950, Bella Dodd explicou: “Nos anos 1930, nós colocamos homens no sacerdócio para destruir a Igreja por dentro; agora eles estão nos postos mais altos da Igreja” [9].

A Dra. Bella Dodd não deixa dúvidas sobre as drásticas consequências: “Você não reconhecerá a Igreja Católica” [10].

O filósofo e professor, o Dr. Dietrich von Hildebrand, oferece-nos uma profunda análise, que claramente mostra que a batalha decisiva não está fora, mas dentro da própria Igreja: “Um olhar sem preconceitos sobre a presente devastação da vinha do Senhor não pode ignorar o fato de que na Igreja foi formada uma ‘quinta coluna’ (também chamada de máfia por alguns, inclusive do lado católico), um grupo de destruidores propositais da Igreja. […] Sua sistemática e refinada sabotagem da Santa Madre Igreja também dá um testemunho bastante claro do fato de que isso é uma conspiração deliberada da parte de maçons e comunistas, que – apesar de suas diferenças e outras inimizades – trabalham juntos por esse objetivo. Para a Maçonaria, a Igreja é a arqui-inimiga, e para os comunistas é o principal obstáculo para a conquista do mundo. […] Mas o incompreensível é que essa conspiração existe dentro da Igreja, que Bispos e até Cardeais, e sobretudo padres e religiosos são uma espécie de Judas” [11].

O Bispo Dr. Rudolf Graber tratou do objetivo da estratégia hostil. Ele cita a chamada “Alta Vendita” – o plano maçônico para a revolução dentro da Igreja Católica. Nele, é dito: “O que exigimos, procuramos e devemos esperar – assim como os judeus esperam o seu messias – é “um Papa de acordo com as nossas necessidades […] Não temos dúvida de que alcançaremos esse objetivo maior dos nossos esforços” [12].

Nesse contexto, o famoso anúncio formulado pelo Cardeal Ciappi é de particular importância. Ele foi um especialista no Terceiro Segredo de Fátima e teólogo da Casa Pontifícia de 1955 a 1989. Em uma carta para o professor Baumgartner de Salzburg, em 1995, ele escreveu: “No Terceiro Segredo está previsto, entre outras coisas, que a grande apostasia começará pelo topo”.

O livro do Apocalipse torna isso claro.

O dragão vermelho (Ap. 12, 3) representa o comunismo ateu, que procura destruir a fé em Deus. Nessa batalha, duas bestas vêm para ajudar o dragão, que se mostra detentor de uma força poderosa.

A besta negra, que parecia uma pantera (Ap. 13, 1-2), é a Maçonaria. Ela age nos bastidores e se esconde nas sombras para ser capaz de penetrar em qualquer lugar sem ser reconhecida. O trono e o poder do dragão foram dados a ela (Ap. 13, 2).

A outra besta é a maçonaria eclesiástica: “Ela tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como um dragão” (Ap. 13, 11). É uma referência à hierarquia da Igreja, na qual a mitra – com dois chifres – indica a plenitude do sacerdócio. A besta que emerge da terra parece um servo do Cristo Cordeiro, mas é um servo do dragão Satanás.

O falso profeta (Ap. 19, 20) é o líder pseudo-religioso da anti-igreja que conduz a apostasia desde o topo. Engana e trai os habitantes da terra (Ap. 13, 14), e espera conduzir a população a adorar o anticristo (Ap. 13, 12), de quem ele é o precursor.

Uma referência direta ao Terceiro Segredo de Fátima é encontrada também no Catecismo da Igreja Católica: “Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o ‘mistério da iniquidade’ sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade” [14].

Assim, o mistério Pascal de Cristo é intensamente renovado no seu Corpo Místico. A Igreja seguirá o seu Senhor na sua morte e ressurreição [15].

Por isso o Papa Bento XVI, como um peregrino em viagem a Fátima, em maio de 2010, explicou o Terceiro Segredo: “Deste modo, diria também aqui que, além desta grande visão do sofrimento do Papa” […] “indicam-se realidades do futuro da Igreja que se desenvolvem e se mostram paulatinamente. Por isso, é verdade que além do momento indicado na visão, fala-se, vê-se, a necessidade de uma paixão da Igreja, que naturalmente se reflete na pessoa do Papa; mas o Papa está para a Igreja e, assim, são sofrimentos da Igreja que se anunciam” […]. “A novidade que podemos descobrir hoje, nesta mensagem, reside também no fato que os ataques ao Papa e à Igreja vêm não só de fora, mas que os sofrimentos da Igreja vêm justamente do interior da Igreja, do pecado que existe na Igreja. Também isso sempre foi sabido, mas hoje o vemos de um modo realmente terrificante: que a maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja” […] [16].

Portanto, durante este tempo, ela experimenta em tudo a paixão de Jesus e a abismal iniquidade da traição.

Cristo fez a serva da verdadeira Misericórdia, Santa Faustina Kowalska, experimentar toda a amargura da agonia da Igreja no Getsêmani. Ela escreveu em seu diário: “Naquele dia eu sofri mais que em qualquer outro tempo, interna e externamente. Eu não sabia que alguém poderia sofrer tanto em um único dia”. A dimensão mais terrível do Getsêmani é a aparência do traidor. Santa Faustina anotou a data desse pior dia de sofrimento. Foi em 17 de dezembro de 1936.

Suposição, 2020 .

Manutenção do Padre Frank.

__________________

[1] John-Henry Westen. “Duas citações oportunas de São João Paulo II no dia da sua festa”. in. LifeSiteNews, 22 de outubro de 2014; The Wall Street Journal , 09 de novembro de 1978.

[2] Fulton J. Sheen. Comunismo e a Consciência do Ocidente” [Título em português: “Comunismo e a Consciência do Ocidente”]. Berlim, 1950, p. 12

[3]  “Voice of the Faith” , Outubro, 1981.

[4] Veja Cartas de Agostinho   53,2.

[5] Maria Winowska. “Padre Maximilian Kolbe. Uma vida ao serviço da Imaculada [Padre Maximilian Kolbe: uma vida ao serviço da Imaculada], Freiburg / Schw. – Konstanz – Munique, 1952, p. 41

[6] Congregação para a Doutrina da Fé, “A mensagem de Fátima” (26 de junho de 2000), Introdução.

[7] George Weigel. O Papa da Liberdade. João Paulo II – Seus Últimos Anos e Legado ”[Título em inglês: Fim e Início: Papa João Paulo II – Vitória da Liberdade, Últimos Anos, Legado]. Paderborn, 2011, p. 14º

[8] Cfr. Iben Thranholm. “A crise de abuso católico provavelmente não é um acidente, mas uma estratégia para ‘destruir a Igreja por dentro’”. No. LifeSiteNews, 17 de setembro de 2018.

[9] Bella V. Dodd. “School of Darkness”. Angelico Press reedição 2017. Introdução originalmente publicada por P. J. Kenedy & Sons, New York, 1954.

[10]  Ibid .

[11] Dietrich von Hildebrand. The Devastated Vineyard [Título em inglês:  “ The Devastated Vineyard ”]. Regensburg 1973  ed., P. 11

[12] Rudolf Graber. Atanásio e a Igreja do nosso tempo” [Título em inglês : “ Atanásio e a Igreja do nosso tempo”]. Abensberg, 1987, 11 th  ed., P. 85

[13] Brian W. Harrison. “Alice von Hildebrand Sheds New Light on Fatima”. Comentário introdutório em OnePeterFive, 12 de maio de 2016.

[14] Catecismo da Igreja Católica, 675.

[15] Cfr. ibid ., 677.

[16] Papa Bento XVI, entrevista durante o voo a Portugal, 11 de maio de 2010.

[17] “ Diário da Irmã Maria Faustyna Kowalska” [Diário da Irmã Maria Faustina Kowalska]. Hauteville / Suíça 1991,  ed., No. 823

NOTAS.

[1]. Cf. [ ].

[2]. Cf. [ ].

[3]. Cf. [ ].

[4]. Cf. [ ].

[5]. Cf. [ ].

[6]. Cf. [ ].

[7]. Cf. [ ].