Outro indício da iminente supressão da Eucaristia mediante uma liturgia ecumênica sem anáfora e sem transubstanciação
Antonio José Sánchez Sáez
Tradução: Obra Missionária
Serei muito breve, porque venho advertindo sobre esta questão já faz alguns meses… Deus nos disse pela boca de seu profeta Daniel que chegaria um momento na história da Igreja – no fim dos últimos tempos – em que seria suprimida a Eucaristia, de modo parecido a como Antíoco Epífanes suprimiu os sacrifícios diários no Templo de Jerusalém para colocar uma estátua de Zeus no Sancta Sanctorum.
A Santíssima Virgem também nos alertou sobre isso em suas locuções interiores (aprovadas pela Igreja) ao Padre Gobbi e a Bruno Cornacchiola, que reproduzi em meus artigos:
E reitero: irmãos, está sendo preparada em segredo uma missa ecumênica na qual não haverá anáfora válida e, portanto, não haverá transubstanciação. Acolhida a doutrina protestante, será dito de forma mais ou menos oficial que a missa não é a renovação incruenta do sacrifício de Cristo, mas a recordação da última ceia, que deve ser celebrada, isso sim, em tom muito alegre e festivo. E então o pão e o vinho já não serão consagrados, mas serão uma simples comida, que compartilharão protestantes e “católicos” (as aspas porque não serão realmente católicos, não serão membros da única e verdadeira Igreja constituída por Cristo aqueles que participem de semelhante sacrilégio). As espécies já não se converterão no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor sobre o altar.
As provas de que essa e não outra é a intenção final do “diálogo” que Francisco propõe entre luteranos e católicos eu as nos três artigos acima citados.
No entanto, encontramos uma confirmação a mais, gravíssima e bem clara. Francisco não se constrangeu ao dizer no seu “Discurso a uma delegação ecumênica da Igreja luterana da Finlândia, por ocasião da festa de Santo Henrique” (1), de 18 de janeiro de 2016, quando confessou:
“Sobre esta base, este diálogo prossegue em seu caminho promissor até uma interpretação compartilhada, a nível sacramental, de Igreja, Eucaristia e ministério… Isto não deve nos desanimar, mas, ao contrário, deve nos animar a prosseguirmos juntos o caminho até uma sempre maior unidade, também superando velhas concepções e reticências”.
Francisco cita, além disso, o documento “Justification in the Life of the Church” (2), onde se plasmaram as conclusões de debates ecumênicos na Suécia e na Finlândia entre a Igreja católica e a luterana. Nele, nos números 272 e 273, pede-se que sejam ampliadas as ocasiões em que os luteranos possam ser aceitos na Eucaristia católica, especialmente nas celebrações ecumênicas (“make possible ocasional acts of intercommunion as, for example, during ecumenical events”). Mas o que se busca é ainda mais grave que a intercomunhão, já de per si algo gravíssimo e que ocorreu na mesmíssima Basílica do Vaticano quando a comunhão foi dada aos integrantes dessa mesma delegação luterana da Finlândia, presidida por uma senhora, Irja Askola, bispa de Helsinki, que ia acompanhada de representantes das minorias ortodoxa e católica, os bispos Ambrosius e Teemu Sippo, respectivamente. Tudo isso foi denunciado por Sandro Magister (3).
O que pretende Francisco, por fim, é chegar a um acordo com os luteranos sobre a interpretação da Eucaristia. Essa interpretação, necessariamente, deve passar pela supressão da transubstanciação (uma “velha concepção”, nas palavras de Francisco), na qual os luteranos não creem. Para que Francisco possa unir a Igreja católica à protestante, precisa eliminar as coisas que eles não aceitam: a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia e os dogmas da Virgem Maria. Nada menos que os dois pilares da Igreja católica (faço referência ao conhecido sonho de Dom Bosco).
O processo de dessacralização que a Eucaristia está sofrendo depois da Amoris Laetitia, com os adúlteros impenitentes podendo receber a comunhão em muitas dioceses de forma oficial, se enquadra claramente nessa intenção final.
E o mesmo cabe dizer da limpeza e enaltecimento que desde o topo da Igreja vem sendo realizados nos últimos anos a respeito da figura do heresiarca Lutero, de forma que receio bastante que vejamos neste 31 de outubro de 2017 algum passo a mais – crítico – na direção da bênção do cisma luterano, contra o qual lutaram até à morte todos os santos da sua época, como Santa Teresa de Jesus, Santo Inácio de Loyola, São Pedro Canísio, São Felipe Neri, Santo Tomás Moro, São João Fischer, São Roberto Belarmino, São Carlos Borromeo, etc. Recentemente, o Secretário Geral da Conferência Episcopal Italiana, Monsenhor Galantino, nomeado por Francisco, disse nada menos que a reforma luterana foi um acontecimento do Espírito Santo (!!!).
Estejamos, pois, muito atentos, orando e vigiando para que a abominação não seja consumada. Oremos também por Francisco, para que se converta. Oremos pela Igreja fiel. Maria Santíssima, ora pro nobis. Arcanjo Rafael, cure os olhos de tantos batizados que não veem ou não querem ver os sinais dos tempos.
Vinde, Senhor Jesus!
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