Oração a Nossa Senhora do Trajeto

Nossa Senhora do Trajeto

Doce e serena Senhora dos meus caminhos, nosso Pai que está nos céus, que te criou e me criou, nos dá o livre-arbítrio para escolhermos nossos caminhos; e tu escolheste o melhor deles: ser a Bem-Aventurada pela humildade em fazer e entender a Sua vontade na terra. Ajuda-me nesta hora em que preciso discernir qual o melhor caminho a seguir nesta decisão que tenho de tomar, pois tu tiveste o discernimento em dizer SIM na hora em que foste escolhida para ser mãe de Jesus. Não há melhor ocasião para saudar-te com uma Ave-Maria, e saudar ao Pai que está nos céus com um Pai-Nosso. Obrigado(a) por escutar-me, nesta hora em que peço, com humildade, tua atenção materna.

Amém.

 

Rezar uma Ave-Maria e um Pai-Nosso

Doce e serena Senhora dos meus caminhos, teu Filho Jesus, que escolheu ser homem através de ti, nos dá a oportunidade misericordiosa de pedir-Te ajuda nos momentos de indecisão. Peço-te, com humildade: intercede neste momento em que necessito de uma resposta concreta ao meu pedido; e nesta hora propícia te ofereço, com toda humildade, uma Ave-Maria, e a teu Filho Jesus um Pai-Nosso. Obrigado(a) por escutar-me, por isso agradeço, com humildade, tua atenção materna.

Amém. 

 

Rezar uma Ave-Maria e um Pai-Nosso

 

Doce e serena Senhora dos meus caminhos, o Espírito Santo, que sempre encheu teu coração de alegria e te inspira confiança e discernimento em tuas vindas à terra pode, fazendo ponte às tuas virtudes, me ajudar a discernir qual caminho devo tomar nesta hora em que tanto necessito do sopro provindo de Sua força divina. Ajuda-me, Senhora do Trajeto, a tomar o caminho certo, não me deixes à mercê de situações enganosas que possam mais tarde prejudicar o andamento de meu projeto de vida. Ofereço-te, com o coração humilde, uma Ave-Maria, e ao Espírito de Deus um Pai-Nosso. Obrigado(a) por escutar-me nesta hora em que peço, com humildade, tua atenção materna.

Amém.

Rezar uma Ave-Maria e um Pai-Nosso

Nossa Senhora do Trajeto, rogai por nós que recorremos a vós!

Origem desta devoção:

Em março de 1970, recebi a visita de um rapaz trazendo debaixo do braço um pedaço de madeira. Ele me pedia para pintar ali uma Nossa Senhora com o Menino Jesus nos braços, que dizia ser Nossa Senhora do Trajeto. Expliquei-lhe que não conhecia tal pintura, que nunca ouvira falar de Nossa Senhora do Trajeto. Mas ele insistiu, dizendo-me que mais tarde me traria uma estampa com sua pintura. Esperei, mas nada. Cinco anos depois, revirando minhas coisas, deparei-me com a madeira e resolvi então fazer ali uma pintura de Nossa Senhora. Em poucas horas, pintei uma imagem da Virgem com o Menino Jesus nos braços, mas com uma particularidade: o menino parecia mais velho que a mãe.
Um amigo, vendo-o, perguntou-me:
– Essa é a Nossa Senhora da qual você me falou: Nossa Senhora do Trajeto?
– Não. – respondi – Pois não a conhecia com esse título. Mas, se pudesse haver uma, seria essa.
– Mas o menino parece mais pai do que filho dela. – retrucou.
– Quem sabe é Deus Pai? – repliquei.
– Nossa Senhora com Deus Pai no colo?
– É. É Deus Pai dizendo à Virgem Maria o
trajeto divino da criação do mundo até a criação dela, como filha do Pai, Mãe do Filho e esposa do Espírito Santo. Depois disso, o quadro ficou abandonado no apartamento. Eu não tinha coragem para colocá-lo na parede. Um domingo, resolvi dar fim a ele, colocando-o na lixeira. No dia seguinte, o zelador bateu à minha porta, dizendo:
“Senhor Raymundo, achei um quadro na lixeira, e como sei que o senhor é muito católico, trouxe-o para o senhor. Mas como está maltratado, me pereceu que teve um longo trajeto até sua porta.”
Trajeto… Aquela palavra me intrigou. Ele falou o mesmo que me dissera o rapaz há quase seis anos. Constrangido, agradeci e fiquei com o quadro.
Mais tarde, a lavadeira que me prestava serviço me pediu de presente o quadro, que estava sob sol e chuva na área de serviço.
Não titubeei, atendi seu pedido. Em 1980, morre essa lavadeira. Numa visita à sua família, pedi que me indicassem outra pessoa para o seu lugar. Eles me levaram a uma vizinha. Quando entrei na sala de sua casa, dei de cara com o quadro dependurado na parede. Fiquei assustado. Em dado momento, a dona da casa me disse: “Sr. Raymundo, está vendo este quadro?
Foi D. Celestina que me deu, ele está tão machucado… Estou procurando trabalho há quase um ano, e prometi que o daria de presente a quem me arranjasse serviço. O senhor o aceita? Coitadinha, me parece que o trajeto dela foi espinhoso e difícil.”
Trajeto… De novo esta palavra. Eu quase caí da cadeira e, num ímpeto, disse que sim.
Tempos depois, quando me mudei para o barracão que construíra no local onde hoje tenho minha residência, não sei como explicar, o quadro veio no meio de algumas coisas que trouxe. Acabei por colocá-lo na parede externa, na esperança de que o sol e a chuva acabassem de vez com ele. Mas o quadro aguentou o tranco das intempéries, e depois, perdido, foi encontrado no sótão da casa.
Três anos atrás, encontrando-o, minha empregada cismou de o colocar na porta da cozinha. Mas ele me incomodava, me parecia feio.
No Natal de 2005, depois do nosso Terço do meio-dia, eu, muito cansado, resolvi dar um cochilo no sofá da sala. Sonhei que estava pintando muitos quadros, mas todos iguais aos de Nossa Senhora do Trajeto. Eu os distribuía às pessoas, todas portadoras de problemas, os quais eram solucionados assim que olhavam para o quadro. No sonho vi então o “menino”, o Anjo que sempre me aparece, apanhando uma pedra do chão e dizendo: 
Não desprezem a pedra,*porque essa será o ângulo certo da manifestação do amor da doce e serena Senhora para vocês.”
Acordei assustado e resolvi colocar o quadro na Capela Magnificat e fazer o que minha consciência me pedia: pôr num lugar digno a imagem de Nossa Senhora do Trajeto, filha dileta do Pai que quis ficar no colo da Mãe e esposá-la com o Espírito Santo, inspirador de todos os dons.

Nossa Senhora do Trajeto, rogai por nós que recorremos a vós!

Raymundo Lopes

* Onde abundou o pecado, sobreabundou agora a Graça e «a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular de um edifício espiritual indestrutível.» (Papa João Paulo II)

Nota: Esse quadro encontra-se na Capela Magnificat – Vila del Rey – Nova Lima