Por Claire Chretien, 2 de novembro de 2017 – LifeSiteNews | Tradução: FratresInUnum.com – O padre que acabou de ser despedido pela Conferência dos Bispos dos Estados Unidos por publicar uma carta criticando o Papa Francisco afirmou que um “sinal claro” de Deus o convenceu que ele possuía um “mandato apostólico” de escrevê-la.
Padre Thomas Weinandy, antigo responsável para a doutrina da Conferência Episcopal dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), escreveu uma carta ao Papa Francisco na qual afirmou que seu pontificado é marcado pela “confusão crônica”, desprezo da doutrina e cultura do medo.
Após publicar a sua carta, a USCCB pediu a Weinandy que renunciasse ao posto de consultor, o que ele fez. O presidente da USCCB então publicou uma declaração sobre o “diálogo” na qual ele garantiu a “lealdade” dos bispos dos EUA ao Papa Francisco.
Weinandy afirmou ao site The Catholic Thing’s, de Robert Royal, que ele vinha pensando em escrever a carta enquanto estava em Roma, no último mês de maio. Ele estava “rezando sobre o estado presente da Igreja e as angústias que tinha sobre o atual pontificado”.
“Eu suplicava a Jesus e Maria, a São Pedro e a todos os santos papas que estão enterrados lá, que fizessem algo para corrigir a confusão e a agitação dentro da Igreja hoje, um caos e uma incerteza que eu sentia que o próprio Papa Francisco havia causado”, contou Weinandy.
Ele estava “ponderando” se “escrevia e publicada algo expressando minhas preocupações e angústia”, mas não tinha certeza se deveria.
De maneira atípica, ele não conseguiu dormir durante uma de suas últimas noites em Roma, e, em algum momento depois da 1:15 da manhã, rezou a Deus:
“Se quereis que eu escreve algo, dai-me um sinal claro. Assim deve ser o sinal. Amanhã, pela manhã, irei a Santa Maria Maior para rezar e, depois, vou a São João de Latrão. Mais tarde, voltarei para São Pedro, para almoçar com um amigo da época de seminário. Neste ínterim, eu devo encontrar alguém que conheço, mas não vejo há muito tempo e que nunca esperaria ver em Roma desta vez. Essa pessoa não pode ser dos Estados Unidos, Canadá ou Grã-Bretanha. Além disso, a pessoa tem de me dizer ao longo de nossa conversa: “Continue escrevendo bem”.
Após almoçar com seu amigo de seminário, “aquilo que eu havia pedido ao Senhor na noite anterior sequer estava mais em minha mente”.
Então, um arcebispo que Weinandy não via há 20 anos apareceu. O arcebispo, que não era americano, canadense nem britânico, “eu nunca esperaria ver em Roma ou em qualquer outro lugar, a não ser em sua arquidiocese”, disse Weinandy.
O arcebispo “disse ao meu amigo que nos encontramos há muito tempo e que ele tinha, naquela ocasião, apenas acabado de ler meu livro sobre a imutabilidade de Deus e a Encarnação”.
E “ele disse ao meu amigo que era um excelente livro, que o ajudou a organizar as idéias sobre o assunto, e que meu amigo deveria ler o livro. Então, ele se voltou para mim e disse: ‘continue escrevendo bem’”.
Naquele instante, “não havia mais nenhuma dúvida em minha mente de que Jesus queria que eu escrevesse algo”, disse Weinandy.
Ele pensou ser particularmente significativo que o “sinal” de Deus tinha vindo por um arcebispo: “Eu considerei isso um mandato apostólico”.
Weinandy “ponderou” e escreveu “muitos rascunhos”.
“Eu decidi escrever diretamente ao Papa Francisco sobre as minhas preocupações”, disse. “No entanto, eu sempre tive a intenção de tornar isso público, uma vez que sentia que muitas das minhas preocupações eram as mesmas que outras pessoas tinham, especialmente entre os leigos, e, assim, quis publicamente dar voz também às suas preocupações”.
Fonte: https://fratresinunum.com/2017/11/07/o-impressionante-milagre-que-levou-o-teologo-da-conferencia-episcopal-dos-eua-a-criticar-o-papa-francisco/