Nosso Senhor conversa com Raymundo na Praça da Matriz, em Cabo Frio. “Você conseguiu [a interiorização] porque me ama um pouquinho. Quando me amar plenamente não viverá mais na Terra, pois compreenderá o que é ser espírito e entenderá a linguagem do Céu”.
18 de fevereiro de 1996
Este diálogo com Nosso Senhor aconteceu na Praça da Matriz, em Cabo Frio.
– Senhor, preciso rezar e não consigo no meio de tanto barulho. O que eu posso fazer para conversar com o Senhor?…
– Se você achar interessante a conversa comigo, o barulho não o atrapalhará em nada. Você gosta de mim?
– Claro que gosto, Senhor…
– Você gosta da maneira como dirijo a sua interiorização?
– Ora, Senhor, claro que sim. Se não fosse a sua interferência na minha vida, tudo daria errado. Senhor, por favor, me ensine a rezar agora, neste momento.
– Não o satisfaz o que lhe dou?
– Tudo o que o Senhor me dá é uma graça, o Senhor sabe disso. Por que então me pergunta?
– Porque quero escutar de você que me ama como Eu o amo. No momento em que Eu sentir isso, pelo menos uma pequena parcela, lhe ensinarei como olhar para o infinito e esquecer as coisas da Terra.
– E a rezar, Senhor. Ainda não me esqueci do pedido!…
– Olhe para mim.
– Onde o Senhor está? Porque apenas escuto a sua voz.
– Estou no seu coração e naquilo que sente quando vê alguém sofrendo em volta de você e se compadece dele. Estou também na sua alegria, quando sente que faz algo que me agrada.
– E o que o agrada agora, Senhor?
– Ver você gostar de minha Mãe e de todos os que gostam dela. Ter caridade para compreender os que não gostam de mim e não gostam dela. Entendeu?
– Entendi, Senhor. Ter caridade para com todos, não é isso?
– Isso mesmo. Você percebeu o silêncio em volta de você?
– Interessante, Senhor. Tudo ficou silencioso.
– O barulho continua o mesmo. Você é que se desligou dele para conversar comigo.
– Que bonito, Senhor… Como conseguiu isso?…
– Não fui Eu que consegui, foi você que permitiu que isso acontecesse. Abriu a entrada para a minha voz e fechou a que incomodava a sua interiorização. Você conseguiu isso porque me ama um pouquinho. Quando me amar plenamente não viverá mais na Terra, pois compreenderá o que é ser espírito e entenderá a linguagem do Céu.
– Estarei morto, Senhor?
– Não. Alimentará o corpo com o que a terra lhe fornece, mas satisfará plenamente a sede e a fome do espírito, para que o fortaleça cada vez mais para a vida na eternidade. Isto é rezar.
– Obrigado, Senhor.
Referência: LOPES, Raymundo. Isto é rezar. In: LEMBI, Francisco. O Terceiro Segredo: A Vinda de Jesus. Belo Horizonte: Magnificat, 2005. p. 161-162.