Dar aos Bispos a última palavra sobre as traduções da Missa seria “destruir” a unidade da Igreja.
O ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé expressou reservas em uma entrevista para o Passauer Neue Presse, publicada na quarta-feira, sobre a recente reforma litúrgica do Papa Francisco.
Infocatólica, 12 de novembro de 2017.
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Tradução. Bruno Braga.
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(LifeSiteNews/Infocatólica). A unidade da Igreja seria “destruída” se as conferências dos Bispos, e não o Vaticano, tivessem a última palavra sobre as traduções dos textos litúrgicos, disse o Cardeal Gerhard Müller em uma recente entrevista.
O ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé expressou reservas em uma entrevista para o Passauer Neue Presse, publicada na quarta-feira, sobre a recente reforma litúrgica do Papa Francisco que permitiu aos Bispos supervisionar e aprovar as traduções.
Conferências Episcopais, que destruiriam a unidade da Igreja Católica na fé, na confissão e oração”, disse o Cardeal, conforme informou o Catholic Herald.
Müller fez o comentário, apesar do Papa Francisco ter corrigido publicamente o Cardeal Robert Sarah, a autoridade máxima da Liturgia no Vaticano, por fazer uma declaração semelhante no mês passado.
Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, afirmou em um artigo que as novas diretrizes do Papa sobre a Liturgia não permitiam que as conferências dos Bispos tivessem a última palavra sobre as traduções da Missa, mas sim o Vaticano. Ele simplesmente estava lendo as diretrizes do Papa através da lente de uma instrução de 2001, intitulada Liturgiam Authenticam.
Mas o Papa disse a Sarah que essas normas haviam sido revogadas e que o Cardeal entendeu mal as diretrizes do Papa.
Müller afirmou na entrevista que muitas vezes “experienciou que as traduções utilizadas pelos Bispos suavizavam os textos bíblicos e litúrgicos com o pretexto de uma melhor compreensão”.