Na pequena cidade de Cristina, Nossa Senhora dita a Raymundo Lopes uma singela fórmula de consagração. “Recebei os nossos pecados e os transformai em graças, para que possamos, perante o seu filho Jesus, nos apresentar brancos como a neve, resplandecentes ao lado do seu manto…”
20 de fevereiro de 1993
A convite da Terezinha Cosenza e da Maria Antônia, chegamos a Cristina, numa linda tarde do dia 19 de fevereiro.
A cidade, pequena e acolhedora, deixava transparecer um ar de tranquilidade cativante, e o verde que cerca a cidade deixa todo o lugar envolto numa linda atmosfera europeia.
Terezinha nos hospedou na sua casa, pequena e organizada. Ficamos logo à vontade, e a primeira coisa que fizemos foi colocar na sala a imagem de Nossa Senhora. Havia diversas pessoas esperando, e ali mesmo orações foram feitas em saudação à Mãe de Deus.
Às 18 horas fomos recebidos na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo com muita festa e um bonito cortejo, acompanhado por diversos sacerdotes e autoridades locais. Após a Santa Missa, com o templo repleto, rezamos o Terço.
No dia seguinte, obedecendo ao programa traçado, passamos o dia numa comunidade da zona rural, onde fomos recebidos com muito carinho. Nesse dia presenciamos um verdadeiro ato de fé com a reza do Rosário e a encenação ao vivo de todos os mistérios. Com o Santíssimo exposto na capelinha, simples e singela, rezei o Terço, fiz palestra e respondi a perguntas.
Na noite do dia 20, na casa da Terezinha, Nossa Senhora ditou uma consagração simples, objetiva e maravilhosa, em resposta ao meu pedido para que nos desse algo nesse sentido, que fosse ao mesmo tempo do seu agrado. Eu, na pequena sala da casa da Terezinha, escutei Ela dizer:
“Mãe Querida,
Aqui, aos vossos pés, estamos como degredados filhos de Eva. Recebei as nossas alegrias e também as nossas tristezas. Recebei os nossos pecados e os transformai em graças, para que possamos, perante o seu filho Jesus, nos apresentar brancos como a neve, resplandecentes ao lado do seu manto.
Não olheis os nossos pecados, Mãe querida, mas somente a fé que anima a Igreja, da qual vós sois rainha e protetora.
Estamos aos vossos pés, depois desta confissão dos nossos pecados e fraquezas, implorando a vossa proteção e nos consagrando inteiramente ao vosso serviço. Consagramos-vos, também, a nossa família e tudo o que temos.
Mãe querida, aos vossos pés pedimos proteção para a nossa jornada terrena, para que na hora da nossa morte estejamos aptos a encontrar o seu filho Jesus na eternidade.
Amém.”
Terminando, Ela disse:
– Se quer uma consagração a mim, diga a todos que esta fórmula me agrada.
Referência: LOPES, Raymundo. Consagração a Nossa Senhora. In: LEMBI, Francisco (Org.). Diálogos com o Infinito. Belo Horizonte: Magnificat, 2007. p. 34.