A conquista muçulmana da Europa é “a maior história do nosso tempo”, mas ninguém a conhece.
Pete Baklinski.
LifeSiteNews, 10 de agosto de 2017.
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Tradução. Bruno Braga.
O historiador Arnold Toynbee certa vez fez uma célebre declaração: “as civilizações morrem por suicídio, não por assassinato”.
Utilizando a declaração como trampolim, o comentador Mark Steyn mostra em um novo vídeo como a Europa Ocidental já está agonizando em “suicídio demográfico” porque os casais não têm mais filhos o suficiente. Ele mostra então como uma crescente população muçulmana na Europa Ocidental está prestes a preencher todo o espaço vazio.
Steyn explicou como, dada a diferente taxa de natalidade entre muçulmanos e secularistas pós-cristãos, serão necessárias apenas duas gerações para a atual população muçulmana (prevista em cerca de 10%) ter tantos netos como os secularistas pós-cristãos (que atualmente compõem os outros 90%). Isto se deve, ele disse, ao fato de os muçulmanos terem em média 3,5 filhos por casal, enquanto os secularistas pós-cristãos têm somente 1,3 filhos por casal.
“As pessoas pensam que este é um processo lento… Acontece muito rápido. A convergência está bem encaminhada”, ele disse.
Steyn afirmou que a conquista da Europa Ocidental pelos muçulmanos “não é uma profecia”. Ele observou que algumas escolas primárias, como na Antuérpia, Bélgica, já têm uma maioria de estudantes muçulmanos.
“Ninguém está profetizando nada. Estamos falando sobre quem são as crianças na escola primária exatamente agora, o que significa que elas serão as pessoas que entrarão no mercado de trabalho em quinze anos”, disse.
“Não é uma profecia. Não estamos olhando as tendências. Estamos olhando os corpos vivos reais que estão assentados agora dentro da sala de aula”, acrescentou.
Steyn citou estatísticas do Instituto de Demografia de Viena que, disse ele, preveem que em meados do século a maioria dos austríacos com menos de 15 anos será de muçulmanos.
“Este era um país que há não muito tempo tinha 90% de católicos”, afirmou.
Steyn disse que alguns dos seus seguidores americanos podem se lembrar da Áustria como cenário para o filme “A Noviça Rebelde” (Sound of Music), sobre uma família que fugiu do país em 1938 por causa da ocupação nazista. Steyn disse que, por volta de 2038, os austríacos já não cantarão mais “como você resolve um problema como Maria” [tema do filme], mas “como você resolve um problema como a Sharia”.
“Esta é a maior história do nosso tempo, mas quase ninguém escreve sobre isso”, disse.
“Este é o maior movimento, a maior transformação demográfica da história, e está prestes a ser acelerado”, acrescentou.
Steyn disse que o suicídio demográfico do Ocidente realça a importância da mensagem de julho do Presidente americano Donald Trump, em Varsóvia, Polônia, sobre a fé e a família.
Em seu inflamado discurso de 06 de julho [1], Trump proferiu um claro chamado para a defesa do Cristianismo, que sustenta toda a Civilização Ocidental, e de toda a cultura e as tradições que o têm como fonte. Ele insistiu para que os europeus coloquem “a fé e a família, não o governo e a burocracia, no centro de nossas vidas”.
Mas, para Steyn, para a maioria dos países da Europa Ocidental provavelmente seja tarde demais para virar o barco.
“A Europa pós-cristã realmente não tem nenhuma fé, não tem famílias. Elas estão desaparecendo no passado. As bases das sociedades humanas foram fundamentalmente quebradas”, ele disse.
“As pessoas que construíram o mundo moderno estão saindo voluntariamente do mercado”, ele acrescentou.
Steyn não é o único alerta da pendente crise demográfica.
No mês passado, Elon Musk, fundador da Tesla CEO e da SpaceX, tuitou: “a população mundial está acelerando em direção ao colapso, mas poucos parecem perceber ou se importar” [2].
No início de março, Musk disse à CNNMoney que o mundo “deveria estar preocupado com a implosão demográfica” [3].
“Se você olha para países como o Japão, para a maioria da Europa, China”, disse Musk, “e olha para as taxas de natalidade, em muitos desses lugares há somente cerca de metade da taxa de sustentação”.
Musk descreve uma pirâmide demográfica de cabeça para baixo, na qual os idosos são agora o novo plano superior, que deveria ser mantido por uma encolhida base mais jovem.
“Deste modo, a pirâmide vai cair”, ele disse. “Não vai aguentar”.
NOTAS.
[1]. Cf. [].
[2]. Cf. [].
[3]. Cf. []