Como é grande a minha dor
Tudo está consumado. Sim, tudo foi consumado em meu Filho querido, conforme previam as Escrituras; e Eu, ao lado de sua cruz, e depois em sua glória, permaneço na eternidade. (…) Façam-se dignos deste ato de misericórdia de Deus para conosco, entregando seu único Filho como vítima inocente de todos os nossos pecados.
29 de março de 1994
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Meus filhos,
Esta semana lembra a dor e os tormentos do meu querido Jesus, e isso muito me entristece. Meu coração se enche de dor quando passa por mim a lembrança daquela noite e o raiar da aurora mais angustiante dos meus dias na Terra.
Meu querido Jesus, que sob os meus cuidados cresceu como um lírio imaculado, regado com muito carinho, é condenado como um criminoso. Meu Jesus, meu querido Jesus, entregue a toda sorte de ultrajes, indefeso, obediente à vontade do Pai Celeste.
Depois de uma aflita procura, o horror inundou a minha alma naquele encontro, quando vi meu Filho querido sob o peso da cruz, totalmente desfigurado, e Eu, indefesa, sem nada poder fazer para aliviar tanto sofrimento. Senti o meu corpo desfalecer ao ouvir o barulho dos cravos rasgando a sua divina carne com batidas ritmadas e torturantes, e ao ser erguido na cruz, os meus olhos não podiam acreditar no que estavam presenciando. “Uma espada de dor transpassará o seu coração!”, disse o velho Simeão. E naquele momento a profecia se cumpria, e o meu Coração, ferido e angustiado, não podia conter tanto sofrimento.
Tudo está consumado. Sim, tudo foi consumado em meu Filho querido, conforme previam as Escrituras; e Eu, ao lado de sua cruz, e depois em sua glória, permaneço na eternidade.
Caríssimos, meditem bem e reflitam sobre tudo isso. Façam-se dignos deste ato de misericórdia de Deus para conosco, entregando seu único Filho como vítima inocente de todos os nossos pecados.
Obrigada por terem atendido ao meu chamado.
Referência: LOPES, Raymundo. Como é grande a minha dor. In: LEMBI, Francisco (Org.). Uma voz que fala aos meus ouvidos. 2. ed. Belo Horizonte: Magnificat, 2006. p. 93.