As trombetas anunciando o retorno de Jesus já estão tocando
Nossa Senhora dá esclarecimentos sobre as revelações de Fátima. “Meu Filho está próximo a vir. Isto Eu disse à pastora Lúcia, e pedi que guardasse segredo até a sua hora oportuna, para que fosse revelado ao papa da época. A Igreja terá que preparar o mundo para o retorno de Jesus”.
03 de março de 1992
Após o terceiro encontro, sentia-me bastante perturbado com o que estava acontecendo. Pessoas amigas e até padres me davam a entender que essa perturbação não era normal, o que agravava ainda mais o meu problema.
Como havia prometido à minha esposa ir a Cabo Frio, para lá fomos. Eu estava disposto a não voltar a Belo Horizonte para o próximo encontro, que aconteceria no dia 3.
No dia 2, a caminho da praia, eu só conseguia pensar no meu propósito de dar fim aos encontros. Nisso tive a ideia de pedir o seguinte: “Se o que estou vendo e ouvindo vem do Céu, quero um sinal claro, vindo do céu”. Chegamos e deitamos na areia. E pouco depois, lá estava o sinal: um círculo escuro envolveu o sol, terminando em um belíssimo arco-íris. Foram testemunhas a minha esposa, o meu sócio, que estava comigo, e centenas de pessoas que contemplavam admiradas o fenômeno. Coincidência?… Fato explicável?… Acho que sim, mas foi o sinal de que precisava e que tinha pedido pouco antes.
Diante dessa evidência, decidi retornar imediatamente a Belo Horizonte, e corri para a rodoviária de Cabo Frio. Estávamos em plena segunda-feira de carnaval. Milagrosamente, encontrei no guichê da companhia de ônibus uma senhora que queria vender uma passagem justo para Belo Horizonte. Não hesitei; comprei a passagem e embarquei na esperança de chegar a tempo à Igreja de São Sebastião para conversar com aquela voz que deixava paz no meu coração.
Eram 16:30 quando cheguei à igreja para rezar o Terço, como de costume. Fiquei admirado, porque a igreja estava cheia. Era dia de celebração da Sagrada Face.
A Missa foi longa, e atrasou a reza do Terço. Eu estava tão ansioso que rezava lembrando de fatos da minha infância. Às 17 horas em ponto, a luz apareceu acima do Sacrário. Ficou ali até o término do Terço, quando desceu e pairou sobre a mesa da celebração. Nisso ouvi claramente:
– Que a paz do Espírito Santo esteja com vocês. Agradeço mais uma vez por ter atendido ao meu convite.
Eu comecei a balbuciar algumas palavras, mas tinha dificuldade em pronunciá-las e formar frases. Então a voz me interrompeu:
– Não se perturbe; mantenha-se calmo para que o Espírito Santo possa atuar em você, concedendo-lhe a graça de ver tudo claro e sem manchas.
Senti então uma calma enorme me envolvendo. Fui relaxando, e pude continuar o nosso diálogo.
– Senhora, o que quer de mim? – perguntei em seguida.
– Quero que transmita a todos o meu apelo para que rezem pela Igreja.
– A Senhora tem mais alguma coisa a dizer?
– O que tinha a dizer, já o disse em Fátima. Algumas coisas já aconteceram, e outras ainda não aconteceram.
– A Senhora poderia explicar melhor?
– Meu Filho está próximo de vir. Isto Eu disse à pastora Lúcia, e pedi que guardasse segredo até a sua hora oportuna, para que fosse revelado ao papa da época. A Igreja terá que preparar o mundo para o retorno de Jesus, e somente Ela tem o poder dessa revelação. Isto Eu não quero que revele a ninguém, até que um mensageiro do Céu o permita. Estou lhe transmitindo como disse à pastora Lúcia, mais uma vez: o Céu já não suporta tanta violência, e é dever de todos trabalhar para a paz no mundo. Já estava previsto que os papas nada fariam, com receio de nada acontecer e desacreditar a Igreja, mas a revelação é necessária. Os papas não acreditarão nas minhas palavras, e quando acordarem será tarde demais. “Vocês terão alguns papas até aquele que percorrerá o mundo”. Isto Eu disse, e a mensagem ficou lacrada. Este papa1 é o último no contexto da mensagem; depois dele, nada mais poderá ser feito.
– É o último papa?
– Não, não é o último papa. É o último no plano do retorno de Jesus. Depois deste papa, preste atenção a Bento.
– São Bento?
– Aos dois.
– Dois?…
– Sim, aos dois.
– Não entendi, Senhora…
– Entenderá, depois da morte deste papa.
– Por que a Senhora me fala essas coisas, se não posso revelar a ninguém?
– O que lhe passo é para o seu crescimento interior. Você terá que aprender muito com as palavras de Jesus no Evangelho. Muitas coisas estão lá escondidas, e o Céu lhe dará ajuda para descobri-las. O seu silêncio é um compromisso.
– Não posso falar disso a ninguém?
– A Dom Mário, pode.
– A Senhora está falando do padre Mário Gerlin?
– Sim, dele mesmo. Mas diga a ele que o silêncio sobre isso é uma imposição minha.
– Ele me pediu para lhe perguntar sobre a santinha da Fia.
– Diga a Dom Mário que as trombetas anunciando o retorno de Jesus já estão tocando, e o sinal da Fia é para lembrar-lhe o compromisso de saber deste segredo e não o revelar a ninguém. Somente a Igreja poderá fazer isto. Na hora oportuna, farei com que de minhas mãos negras voe a pomba da paz sobre tudo isso; este será o sinal para o representante de Pedro. Reze e espere para que tudo isso aconteça, porque a América Latina está sob o meu amparo.
– A Senhora deseja falar mais alguma coisa?
– Por ora, não. Escreva tudo isso e lacre até o sinal do Céu.
Depois disso, as estrelinhas surgiram do centro da luz azul, e a emolduraram.
– Não permita a dúvida no seu coração – a voz continuou. – Necessito que você venha a este local, se isto for possível, por mais cinco vezes. Você irá compreendendo aos poucos os meus propósitos.
– E depois disso, a Senhora voltará?
– Nesta fase não, somente nestes nove encontros. É o tempo necessário para que você possa compreender o que faço aqui. Entretanto, existe um plano do Céu para continuidade. Minha presença será constante, conte com o meu especial carinho. Não fique preocupado com o que virá depois.
E concluiu:
– Eu lhe passo a paz de Deus, a paz verdadeira. Muito obrigada pela presença.
Neste momento, a luz apagou-se, e tudo voltou ao normal.
1 João Paulo II.
Referência: LOPES, Raymundo. As trombetas anunciando o retorno de Jesus já estão tocando. In: LEMBI, Francisco. Raymundo Lopes, Daniel: Uma incógnita dos finais dos tempos. Belo Horizonte: Sim, 2010. p. 27-30.